Acordamos, consultamos o Wind Guru, e o Fábio decidiu de supetão, vai dar, vamos embora. Mas tínhamos que sair até as 9. Corre arrumar tudo, tomar café, fazer check out e às 9 estávamos em cima da moto.
Saímos sabendo do risco, podíamos pegar muito vento e com fortes rajadas. E pegamos. O vento brincava conosco. A cabeça ía de um lado para o outro sem vida própria. A moto andava inclinada na reta. E lá fomos nós, como dois Don Quixotes malucos enfrentando os ventos. E o vento era gelado de doer. Paramos rapidinho para abastecer e seguimos pois não sabíamos como encontraríamos a aduana chilena com as questões de greve e também porque o vento pioraria após às 14 hs. O trecho que antecede a estrada da aduana estava cheio de crateras.
Após um trecho de rípio em bom estado chegamos à aduana argentina e nos informaram que a chilena abriria em 10 minutos, às 13 hs. Ela ficava a 8 km de lá.Corremos para lá e estava uma confusão. Muito ônibus de pessoas que estavam indo apenas para conhecer Torres del Paine. Os policiais chilenos até cachorro colocava dentro do ônibus e nos bagageiros atrás de droga. Mas, como temos caras de gente boa, fomos liberados rapidamente.
O último trecho da estrada era um tapete e a paisagem começou a mudar e perder aquela cara de deserto. Chegamos e cidade e ao nosso hotel, o El Moelle. É um hotel boutique, todo diferentão mas ficamos muito bem instalados.
Saímos para almoçar no “ A Última Esperança” e comemos um congrio maravilhoso.
À tarde fui ao supermercado comprar ingredientes para os lanches que levaríamos ao parque e o Fábio foi cuidar de abastecer a moto e ajustar o GPS.
O resto da tarde foi dedicado à lavagem de roupas e cuidados pessoais. O jantar foi no Mesita Grande