20º Dia : Capillas de Marmol

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21º Dia: Puerto Rio Tranquilo
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Depois de um belo café da manhã em Patagônia House, saímos cedo rumo à Puerto Rio Tranquilo.

Pegamos a Ruta 7, a maravilhosa Carreteira Austral sob um céu deslumbrante. Os primeiros 90 km foram de um asfalto perfeito e ficamos sem fala em vários momentos pela beleza da paisagem. Indescritível. Em certo momento nos vimos em um vale muito verde e todo recortado de montanhas e rodeado 180º pelas cordilheiras coroadas de neve. Lindo, lindo, lindo.

Depois de Villa Cerro Castillo começa o rípio. Foram 170 de um rípio muito complicado de se rodar. Muitas pedras soltas, fofo, e inclinado nas bordas. Mas as paisagens continuaram lindas. Havíamos visto uma foto de um rio muito verde serpenteando os campos e então descobrimos que esse rio seria nosso inseparável companheiro de boa parte do trajeto. Teve emoções para todos os gostos, até uma vaca que cruzou repentinamente nosso caminho obrigando o Fábio a fazer uma “freada de emergência”, parando a poucos centímetros dela.

Não existe lugar para parar. Quando muito um cantinho espremido na estrada, ou em cima de uma ponte, só para esticar as canelas e diminuir a adrenalina. Posto de combustível para abastecer e fazer um pipi, nem pensar…

Chegando perto de Rio Tranquilo nos deparamos com algo muito azul no horizonte. Ao nos aproximarmos vimos se tratar do Lago General Carrero. Um dos maiores lagos do mundo, segundo um chileno. Mas o que impressiona mesmo á a cor. Um azul muito intenso. Ele nos acompanhou até entrarmos em Puerto Rio Tranquilo e é nele que iremos navegar para conhecer as Capilas de Marmol, que são formações feitas pelo desgaste causado pelo vento e pela água do lago há milhões de anos em ilhas formadas por blocos de mármore maciço.

Contratamos um guia e tivemos a sorte de irmos sozinhos no barco, que é excelente. O guia chama-se Anselmo e faz isso há 16 anos. O passeio foi incrível. Navegar nesse lago já é lindo mas quando fomos nos aproximando primeiro das cavernas, que ele entrou com o barco, depois de um túnel e por último da catedral e capila não podíamos acreditar em obra tão linda criada pela natureza, e a cor da água alí, de um azul tão transparente…As fotos falam por si.

Depois fomos almoçar em um restaurante indicado pelo Anselmo mas não o indicamos. Muito fraquinho, vimos depois lugares melhores.

Depois do almoço como estávamos hospedados fora da cidade íamos começando uma subida andando bem no meio da pista pois era o único lugar mais firme, quando surge uma pick up, andando no meio também, em alta velocidade que nem se quer desviou ou diminuiu a marcha. O Fábio jogou a moto para o lado, em um rípio muito fofo e a moto rebolou pra tudo quanto é lado. Não caímos por muito pouco.

Depois de mais 45 km de um rípio muito ruim, chegamos a nosso destino, o Marllim Colorado. No mesmo momento o Juan veio muito gentilmente nos recepcionar e sugeriu que estacionássemos a moto em um local um pouco mais plano, embaixo de uma árvore. Eu saltei e o Fábio foi parar. Ao descer da moto o pezinho havia afundado na terra e …Chão! Depois de todo esse rípio o cara cai descendo da moto….

Bom, nos acomodamos bem, estamos em uma cabana, com sala envidraçada, de frente para o lago…Muito difícil nossa situação. Mas foi um final merecido para um dia duro. Duro porém maravilhoso!

 

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