Após um café da manhã surpreendentemente bom para o hotel que estávamos, partimos para a fronteira Brasil- Argentina. O trâmite todo foi muito fácil e o funcionário muito gentil.
Pegamos a famosa Ruta 14 que não é bem vista entre os motociclistas por ser rota de acharque de maus policiais. Não tivemos nenhum problema, fomos parados 2 vezes por policiais muito sérios e educados que fizeram apenas o seu papel de checagem de documentos . A seguir tomamos a Ruta 127, uma estrada sem acostamento e no meio dela me deu um ataque enlouquecedor de coceira no rosto e na cabeça. Paramos como pudemos, lavei o rosto, tomei um antialérgico e troquei de balaclava. Continuei viagem com o capacete aberto tentando aliviar o desconforto com o vento até o remédio fazer efeito. Credo, parecia que tinham colocado pó de mico na balaclava.
Paramos para almoçar a uns 350 km de Uruguaiana, em um comedor que ficava ao lado de um posto YPF. O local parecia parado no tempo, mas era o que tinha para hoje, então… A dona sugeriu um filé de frango grelhado com salada. Pedi que colocasse um queijinho em cima e sentamos para aguardar. Eis que surge um brasileiro que estava por lá levando um ônibus novinho até o Chile. Papo vai, papo vem ele senta para almoçar conosco e nos diz ser aquele o melhor lugar para comer na região. E não é que estava certo, tudo estava muito gostoso e comemos com vontade!
Seguimos então para a Ruta 19, e nesse momento o GPS resolveu dar pau! Pronto, erramos o caminho!!! A Ruta é tipo a Bandeirantes, e tivemos que parar num cantinho para nos informar com uns trabalhadores locais. E depois passar por um “retorno” no meio do canteiro central para voltar e depois pegar a Ruta 158 que nos levaria em direção a Santa Fé. Essa por sinal é uma bela cidade, bem ao estilo das cidades argentinas, arborizada e cheia de praças.
E o GPS engasgando… O Fábio então lembrou de um forum que leu sobre problemas no Garmim e uma postagem de alguém que solucionou o problema no seu com dois pingos de solda. Saímos em busca de alguém que pudesse fazer isso, mas num sábado à tarde não é tarefa fácil. Mas eu, zolhuda que sou, ví uma lojinha de instalação de som automotivo. E estava aberta! Lá conhecemos o Ignácio, que muito gentilmente fez a solda. E a partir daquele momento ele virou San Ignácio. Valeu mesmo!!!
Seguimos então com tranquilidade e chegamos a Vila Maria. O hotel escolhido era bem novinho e atendia o que precisávamos, banho e descanso.
Vila Maria é uma cidade bonitinha, arborizada, com praças e cafés e restaurantes ao redor da praça. Foi num desses que jantamos após arrastar o Fábio para uma caminhada de 8 quadras até o centro.