14º Dia: Piodão, Manteigas e Peso da Régua

13º Dia: Lisboa,Fátima e Piodão
outubro 13, 2015
15º Dia: Rio Douro e Porto
outubro 15, 2015

Saímos da Aldeia da Dez e retornamos a Piodão pois eu queria ver a cidade que não havíamos visto ontem. Do alto da montanha a visão já era incrível, mas descer naquela pequena aldeia me arrepiou a pele e mareou os olhos. Eu larguei o Fábio onde estava e saí andando   pelas ruazinhas com lágrimas correndo pelo rosto, sem conseguir parar. Lembrei-me de minha avó Jesmina, exemplo de mulher de fibra e honra para mim, que contava de sua aldeia e da vida dura de seus habitantes e a vi andando por lá pois era tal e qual ela falava.

Seguimos em frente com o coração aquecido. Começamos a subir a Serra da Estrela rumo a Manteigas. Por várias vezes precisamos recorrer a ajuda de pessoas que encontrávamos pelo caminho e eram bem poucas pois parecem que os portugueses estão sempre ocupados em suas obrigações e nunca estão pelas ruas. De todas as pessoas a quem recorremos recebemos ajuda prestativa e gentil, são uns queridos esses nossos patrícios. Chegamos a Manteigas pela hora do almoço e seguindo recomendações de uma transeunte nos dirigimos ao restaurante Cascata. Fomos recebidos por Dona Manuela, que a princípio se mostrou cautelosa mas depois nos atendeu como amigos e serviu uma comida muito gostosa, o pudim de castanhas é de comer rezando…

Pelo adiantado da hora, como tivemos que começar o dia por Piodão que não havíamos visto no dia anterior e para evitar todo o desgaste que tivemos ontem, cortamos Castelo Rodrigo, Pinhel (terra do meu avô)  e Pinhão do roteiro e seguimos direto para Peso da Régua por uma auto estrada. Chegamos à Quinta do Vallado às 16:30, descansados mas ainda tendo que enfrentar um problema de última hora. A 1 km do hotel uma luz no painel indicou que a pressão do pneu de trás havia caído. Pneu furado. Ficamos pensando na epopeia do dia anterior e no que aconteceria se o pneu furasse ontem; melhor nem pensar… Resultado, o Fábio saiu para consertar e eu fui para uma visita ao local que fabricavam os vinhos Quinta do Vallado e que terminaria com uma degustação. Foi muito interessante, eu não imaginava que ainda se pisasse a uva e descobri que esse é um passo importante no processo pois só assim evita-se que os caroços sejam triturados o que é um problema nessa fase inicial. Estávamos na degustação, um momento cheio de pompa e circunstância, todos em silêncio e concentrados quando o Fábio volta e entra no lugar de capacete e fala: E aí, sobrou alguma vinho prá mim? Como quem chega no meio do pagode…Ah esse meu marido.

O hotel Boutique Quinta do Vallado é soberbo. Tudo feito com muito capricho e bom gosto. Recomendamos muito.

Jantamos no hotel. Jantar muito chique regado aos vinhos da Quinta do Vallado. Delicioso. Comi um arroz de polvo com iscas de polvo em homenagem ao meu pai, seu Zezito iria adorar.

Eu dormi muito bem mas o Fábio nem tanto pois estava preocupado com o problema na locadora da moto que ainda não estava resolvido…

 

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