9º Dia: San Pedro de Atacama

Acordamos cedo e fomos tomar café às 6:15 crentes que seríamos os únicos, doce ilusão, trombamos com uma excursão e tivemos que recorrer ao homem a homem para conseguir nos servir.

Optamos por pegar um caminho alternativo para chegar em Jujuy, a ruta 9 que passa por El Carmem. Mérito aos nossos amigos Moisés e Renata, valeu a dica. A estradinha é demais, em muitos trechos virava quase pista única, cheia de curvinhas e passando por paisagens lindas. Paramos para uma foto e conhecemos 2 caras mais malucos que nós. Eles estavam de bike e tinha de tudo em cima das bikes; trocamos experiências e endereços eletrônico e seguimos em frente.

Passando Jujuy pegamos a ruta 52 e começamos a subir a cordilheira. O traçado que víamos no GPS era enlouquecedor, a estrada sobe literalmente serpenteando pelas encostas das montanhas. E as paisagens eram daquelas de calar a boca e ficar viajando, pensando na pequenez de muitas coisas e ir jogando “bagagem” fora pelo caminho. Eram imagens grandiosas, de cores e formatos dos mais variados. Chegando no alto paramos para uma foto e conhecemos um senhor que também estava de moto e depois seguiu parte do caminho conosco. Estávamos aqui a 4170 mts de altitude e tasca folha de coca pois algumas vertigens começaram a aparecer. Esfriou bastante, chegando a 13 º. Chegando a Susques abastecemos em um posto Graal como pode-se ver nas fotos…

Aqui o cansaço estava batendo e uma dor de cabeça resultante da altitude dava sinais quando surge a 4 km de Susques um hotel e restaurante super bonitinho, o Pastos Chicos Hosteria. Fomos super bem atendido pelo Martim que até música brasileira colocou para nós. Comemos uma comidinha gostosa e seguimos viagem. Na saída ainda encontramos dois motociclistas brasileiros, um deles jé havíamos conhecido em um encontro do BMW Riders. Êta mundo pequeno…

A passagem pela aduana foi muito tranquila, os chilenos muito amáveis. Ainda bem pois eu estava meio zureta essa hora. Pegamos o famoso Passo Jama e subimos até 4850 mts. O vento era de fazer a moto andar inclinada e eu estava com tanto frio que nem dormi…

A descida para San Pedro que está a 2600 ms de altitude é uma festa, como descer correndo por uma ladeira, mas o vento segurava um pouco nosso ímpeto. Ver a placa sinalizando nossa chegada foi glorioso, mais um desafio vencido.

A chegada é meio  com caminhões e barracas espalhadas na maior confusão, é a aduana. Quando nos aproximamos da vila é como entrar em outro mundo, como aquelas cidadezinhas do México que sempre vemos em filmes. Tudo muito exótico e rústico, mas com  classe. Chegamos ao hotel Terranthai, nos acomodados e saímos para um jantarzinho rápido e depois o merecido descanso dos heróis…