Tomamos o café e encontramos com as pessoas que estavam indo devolver as motos na locadora, mas seguimos em frente.Mais uma vez embaixo de chuva.
O GPS atrapalhou bastante, parecia indeciso. Noe essso primeiro destino era Fátima. Paramos em um posto com muitas dúvidas e dois motociclistas que estavam por lá disseram que estavam indo para lá, Miguel e Gonçalo, perguntaram se queríamos segui-los. Aceitamos prontamente e pegamos uma autoestrada. A chuva caía a cântaros, chegamos a pegar aquaplanagem. Em um determinado local nossos novos guias encostaram e nós também. O que o Miguel queria era se despedir de nós porque sairia da estrada antes, olhem só a educação de nossos patrícios. O Gonçalo seguiu nos levando e deixou-nos nas portas do santuário de Fátima. Despedimo-nos e resolvemos almoçar primeiro em um pequeno restaurante ao lado. No meio do almoço entra uma mensagem no celular do Fábio, ao entregarem as motos nossos companheiros tiveram que pagar novamente o aluguel das mesmas pois o Mário, da Sahara Motos não havia pago. A confusão estava enorme e eles precisavam dos dados para fazer um boletim de ocorrência em nome de todos. Quer dizer, caímos em uma arapulca. Ficamos na dúvida se voltávamos ou seguíamos viagem. Ligamos para os hotéis que ficaríamos a seguir e estavam todos pagos, resolvemos seguir a viagem pois se voltássemos ainda teríamos que pagar hotel em Lisboa e o prejuízo seria maior.
O que foi acontecendo a seguir nos comprovou a irresponsabilidade da Sahara Motos, que também organizou nossa viagem a partir de hoje. Fomos seguindo por estradinhas secundárias, como programado no GPS. Elas nos levaram a passar por dentro de diversas aldeias que se sucedem uma após a outra. E tudo com a chuva sob nossas cabeças. As estradinhas ficavam cada vez mais desertas e estreitas, chegamos a um tipo de floresta e fazendo curvas e subindo em um rodamoinho sem fim. O tempo foi passando, um nevoeiro veio ajudar a completar nosso desespero, principalmente porque a noite vinha se aproximando. Passamos por uma estradinha de 2 metros de largura, com asfalto precário e se soltando, cheia de buracos, subindo ao redor de um morro sem vegetação e sem nenhuma proteção. Isso é, qualquer deslize despencaríamos morro abaixo, e a chova e neblina como companhia, claro. O Fábio ainda tinha que andar rápido para tentar chegar antes que a noite caísse por completo. Essa viagem me venceu. Lá pelas tantas molhada após 10 hs andando embaixo de chuva, com frio,exausta e dolorida por ficar 6 hs em cima da moto sem nenhuma parada, caí no choro! E isso só aumentou o desespero do Fábio. Tudo isso poderia ser evitado se tivéssemos a informação que as estradas eram difíceis e a velocidade média seria de 30 km/h e por isso levaríamos 5 hs para fazer 200 km teríamos nos organizado para sair mais cedo. Mas nada disso foi dito.
Conclusão, nem chegamos a Piodão, fomos direto para pousada Quinta da Geia pois chegamos lá às 20:30 . A pousada é uma graça, mas não fica em Piodão e sim na Aldeia da Dez e é administrada pelo Fer, um senhor holandês. Tomamos um banho bem quentinho e o jantar caprichado e um vinhozinho, no meu caso, nos trouxe um sono reparador.