Hoje o dia foi intenso. Preparamo-nos com um bom café da manhã, e eu só tomei bronca e ameaças, se não comesse direito não iria… Seguimos depois para o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. Fomos a pé pois o parque fica perto, na cidade de São Jorge mesmo. Após um alongamento meia boca começamos a seguir nosso nazi-guia, o Neto. A trilha é uma picada no meio do cerrado e o que eu mais vi foi pedra; tínhamos que andar olhando para o chão para não tropeçar…
O Neto ia nos mostrando detalhes da vegetação como a palmeira currióla que tem um óleo inflamável e era usada como tocha pelos garimpeiros ou uma flor delicada que nascia no meio daquela aridez. Também vimos vários buracos enormes feitos na época do garimpo para extração do cristal. E nessa andança, com muitas subidas e descidas pulando , contornando e subindo por pedras, após 6 ks, chegamos à queda de 120 mts da Cachoeira do Garimpo. Essa é puramente contemplativa pois está fechada para a desova dos patos do cerrado, ameaçados de extinção. A vista que tivemos era só de cima. Andamos mais um pouco e chegamos à queda de 80mts. Essa tem uma piscina na frente onde pudemos nos refrescar,mas não podíamos ultrapassar uma marca deixada pelos bombeiros pois a correnteza era muito forte puxando para a cachoeira, com risco de morte. Fizemos nosso lanche e partimos para a última cachoeira, a parte da corredeira. Ali formam-se diversas cachoeiras menores onde pode-se entrar. Na verdade todas essas quedas são do rio preto no seu trajeto íngreme, como tudo na região. Os homens arriscaram a queda mais forte mas meu biquíni e meu tamanho não suportariam então fui para uma queda menor mas mais confortável, uma delícia.
Recreio terminado, era hora de voltar. E mais uma vez, dá-lhe pedra. Fomos 6km então tínhamos que voltar 6 km. Quando todo mundo já estava ‘esbudegado’, eis que surge uma pedra assassina no meio do caminho e a Rê tomou um tombão, cortando feio o joelho.Nosso super personal guia fez os primeiros socorros, mas mesmo assim precisaríamos ir até o PS de Alto Paraíso. Fomos e ela foi super bem atendida por um médico esotérico e eu aproveitei para comprar minhas pedras curativas.
E tudo acabou em festa no melhor restaurante do mundo , o Buritis, claro!