Acordamos com um dia lindo nos esperando. Conhecemos melhor o lugar e tomamos o café da manhã com uma vista do infinito à nossa frente. Aproveitando a abertura do céu fomos conhecer o Morro da Igreja e a Pedra Furada.
O Morro da Igreja pertence ao Parque Nacional de São Joaquim, localizado na divisa entre os municípios de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici.Com 1 822 m, seu cume é o terceiro mais alto de Santa Catarina e é considerado o ponto habitado mais alto da região sul do Brasil. Subimos rumo ao céu e chegamos ao topo com uma vista maravilhosa todinha para nós! Ventava muito!!!! No seu topo tem uma estação meteorológica e é ai que são registradas as temperaturas mais baixas do país. Hoje soubemos que é preciso pedir autorização com 2 dias de antecedência para subir ao topo e com limitação de 200 carros por dia. Para motos, ciclistas e pedestres não há limitação mas é preciso autorização também.
Seguimos depois para conhecer a Cachoeira Véu da Noiva,que é uma das várias da região. Ela se localiza em propriedade particular e lógico, paga-se para entrar. A cachoeira estava com pouca água mas mesmo assim é bem bonita.O Fábio inconformado da motoca não conhecer o local, que era fechado e acidentado, deu um jeito e desceu com ela até a cachoeira só para registrar sua presença no local. Comecei a ficar enciumada….
Partimos depois para conhecer a Serra do Corvo Branco, outra lenda entre os viajantes de moto. Como diria nossa filha, “o bagulho é muito loco”! Os paredões do início da serra impressionam e tem vários desses no percurso, mas só fizemos uma parte da serra, pois depois era terra e pedra e com a motoca que estávamos não rolava. Na volta passamos pela emocionante Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e é muito comovente ver a quantidade de objetos deixados lá como testemunhas de bençãos recebidas. Como no céu já se armava uma chuva voltamos rapidinho para a cidade. Procurávamos um lugar para almoçar mas estava tudo fechado, essa é uma desvantagens de viajar fora de temporada. Mal paramos em um posto e desabou o mundo. Almoçamos em um restaurante muito simples onde conhecemos outros motociclistas que estavam voltando para casa. Trocamos experiências esperando a chuva passar. Voltamos para a a pousada e depois de um banho quente descansamos. Havíamos pedido para jantar na pousada, mas não sabíamos que o jantar seria preparado só para nós por uma chef! A Dona Vera, proprietária da pousada era a chef e em meio ás delícias que nos e preparou, como o filé de truta envolto em paçoca de amêndoas, contou-nos sua história. Tiramos o chapéu, D. Vera, para sua comida e sua coragem!
Fomos deitar mas a tempestade que chegou não nos deixava dormir. Era assustadora com ventos fortíssimos. O Fábio levantou e saiu no meio da chuva para trazer a sua motoca para a entrada tirando-a do estacionamento que se encontrava. Só então pudemos dormir…