30º Dia: Chegando a Ushuaia!

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Hoje era o dia!

Saímos cedo pois tínhamos 420 km, com rípio, vento e duas aduanas.

O café da manhã foi sofrível, apesar da gentileza da atendente. Estou com muita saudade da minha Nespresso, não sei como alguém pode gostar desse café solúvel…

Saímos e pegamos uma ruta que leva a Onaisin. No início foram uns 70 km de asfalto bom e depois outros 70 de rípio. O rípio não era dos piores, mas em alguns trechos as obras deixaram terra por cima e ainda bem que não estava chovendo pois isso deve virar um melê só, escorregadio demais. Achamos engraçado que os funcionários da obra nos cumprimentavam e acenavam para nós. Bacana isso.

A aduana do Chile, com a qual estávamos preocupados se estariam funcionando ou não, estava normal e chegamos na hora certa, com tudo vazio, fomos liberados rapidamente. Andamos 14 km em terra de ninguém até a aduana da Argentina. Nela também fomos liberados facilmente, mal olharam para a motoca.

Pegamos a ruta 3 depois de San Sebastian, ela está em bom estado. Mas parar para abastecer ou até esticar as pernas é impossível pois não tem lugar para isso, não tem um posto, uma lanchonete nem acostamento. E se parar o vento derruba também. Tivemos sorte de pegar bastante vento nas costas, que ajuda a chegar mais fácil. Pelo caminho vimos em alguns locais que as árvores estavam retorcidas, algumas raízes arrancadas da terra e “carecas”.

Conseguimos dar uma paradinha só em um posto YPF, faltando 100 km para chegarmos.

Os últimos 100 km são os mais bonitos mas perigosos também. O vento dá uma trégua mas ao passarmos pela cordilheira várias vezes vimos o carro do sentido contrário invadir nossa pista em alta velocidade. O pavimento está ruim e as curvas são mal feitas. Juntando com precipícios e a ansiedade da chegada…È preciso cuidado pois a paisagem linda também distrai.

E depois de uma curva eis que avistamos o portal de entrada de Ushuaia! Muito boa a sensação de atingir nossa meta. Foram meses de preparação, de dúvidas, receios, e durante a viagem, cansaço, frio, receio, …saudade. Mas chegamos!

Depois de uma comemoraçãozinha entramos na cidade. Digamos que ela não mostrou sua melhor face na entrada. Mostra bem o estilo cidade portuária. Conforme fomos andando a imagem melhorou.

Chegamos ao hotel reservado, o Cilene Faro Hotel e Spa. No Check in a gerente interferiu no processo e veio nos dar mil dicas. Era a Ana Lucia, uma carioca da gema. O quarto nos deixou de queixo caído, era um apartamento com living, sala de jantar, cozinha americana, quarto e banheiro. Bárbaro. Merecíamos isso.

Demos um rolêzinho de reconhecimento da cidade e fizemos um lanchinho já que não havíamos almoçado.

Descansamos, tomamos um banho ( bom a beça) e saímos para jantar num restaurante recomendado, o Kuar que fica na beira do mar.

O lugar é lindo, com uma vista incrível. A recepção não foi das mais calorosas mas a comida estava deliciosa. Não é dos mais baratos, mas hoje, merecíamos isso!

 

 

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