Hoje nosso passeio era distante 80 km de São Jorge, íamos ver as cachoeiras do rio do couro. Esse nome tem origem na época do garimpo,quando os veados abundantes na região era caçados pelos garimpeiros pois sua carne é muito parecida com a do boi, é abundante e havia muita caça também. Essa foi a origem do nome da Chapada dos Veadeiros, a pele dos animais era lavada no rio que acabou sendo chamado e rio do couro.
Após um café da manhã não muito farto, seguimos com o guia Neto rumo a esse conjunto de cachoeiras. Andamos muito mas a paisagem nos distraiu, vimos o morro da baleia, morro do chapéu dentre outros. Depois de muita estrada de terra e muito chacoalhar, chegamos a uma “porteira” improvisada. Era uma área invadida pelo MST, eles estavam ali para cobrar pedágio de quem quisesse prosseguir, R$10,00 por cabeça. Quem não paga acaba com os pneus cortados a facão… Uma barbaridade. E aquelas pessoas vivendo naquelas condições deprimentes, as crianças largadas, sem estudo ou cuidados e os adultos largados nas redes, sem um pingo de dignidade nos deixou revoltados.
Em determinado ponto deixamos o carro e seguimos a pé. E dá-lhe perna. A trilha foi ficando cada vez mais íngreme e passamos a caminhar sobre pedras e cada vez se descortinava uma visão mais bonita dos rio e de suas várias cachoeiras. O calor estava bem forte e isso somado à má alimentação acabou me derrubando . Não me senti bem e acabeiperdendo a última parte da trilha. Me recuperei e aproveitamos as piscinas e quedas d’agua.Ver a água descendo por paredões de pedra e desenhando por eles é de se sentir pequenininho e prestar uma respeitosa reverência à mãe natureza.
Voltamos cansados mas plenos. O jantar foi no Buriti novamente ,lá conhecemos o Messias, dono do lugar. Ele tem uma história de vida incrível, e um astral maior ainda. Segundo ele a comida de lá era a melhor do mundo e nos fazia repetir isso. Mas não é que é boa mesmo…