Quando o dia amanheceu vimos os estragos da tempestade. O local que nossa moto estava teve a cobertura arrancada pelo vento! Agradecemos ao anjo da guarda que soprou no ouvido do Fábio para que tirasse a moto de lá… O dia estava frio,nublado, chuvoso. Mas isso não iria estragar nosso humor, afinal tínhamos capas de chuva, não é? Por sugestão da nossa agora amiga, D. Vera, resolvemos conhecer uma vinícola em São Joaquim, a Villa Francione . Visita agendada para a tarde, vestimos nossas capas e saímos. No caminho a chuva foi passando. Passamos primeiro pela Cachoeira do Avencal, que fica em terreno particular mas estava vazio, com ninguém cuidando. Ela é muito bonita, são 100m de queda livre em um local onde a rocha parece escavada, como se tivessem arrancado um bocado de terra.
Seguimos até São Joaquim para almoçarmos antes da visita. Almoçamos no Restaurante Pequeno Bosque e seguimos para a vinícola. Já sabíamos pela D. Vera que a vinícola era a realização do sonho do Sr Manoel Dilor Freitas, que percorreu o mundo em busca de conhecimento e angariou muitas peças desde vitrais até portas para a vinícola. Soubemos também que ele havia morrido 1 mes antes de abrir a primeira garrafa de vinho. Tudo isso nos deixou sensibilizados e o que vimos aguçou nossos sentidos e sentimentos. A vinícola é incrível, vale a pena conhecer. O bom gosto e o amor estão presentes em cada detalhe. Finda a visita veio a degustação. Nós que não bebemos nunca não conseguimos degustar todos os vinhos pois corríamos o risco de não conseguirmos sair de lá, mas o que provamos, adoramos.
Na volta paramos para ver as inscrições rupestres mas nos entristeceu ver como um local como esse local está abandonado, qualquer pessoa pode rabiscar em cima das inscrições, coisa que alguns idiotas já fizeram.
Voltamos e fomos dar uma caminhada pela área próxima à pousada. Iríamos embora no dia seguinte e bateu uma tristezinha. Voltamos quando vimos a fumaça saindo da chaminé do fogão à lenha. Era D. Vera preparando nosso jantar…