4º Dia: Gruta do Lago Azul/ Boia Cross

Hoje fomos conhecer o local mais famoso de Bonito, a Gruta do Lago Azul. Andamos por estradinhas de terra, mas elas estão em ótimo estado, e olha que entendemos de estradas de terra! Mas o pessoal aqui tem as manhas de fazer estradas com lombadonas que diminuem a velocidade da água, então a água passa sem formar vincos no solo. Lardeando a estrada, pastos e uma vegetação mista de cerrado com um pouco de mata atlântica. E gado, a maioria nelore, que quando estão mais perto nos olham de maneira interrogativa. Por duas vezes um bicho esquisito e arisco cruzou nossa frente mas não conseguimos fotografar. Viemos saber depois que se tratava de uma siri ema. Chegando à base do local várias pessoas aguardavam o passeio. Foram formados grupos de cerca de dez pessoas que seguiriam com uma guia. Após algumas explicações básicas nos equipamos com capacetes e percorremos uma trilha até chegar à gruta. Olhando de longe parece um “buraco” na pedra parcialmente coberto de vegetação. Mas ao chegarmos perto nos espantamos com a magnitude do local. A gruta é enorme, toda recortada pela água, cheia de estalactites e estalagmites de diversas formas e que vai se aprofundando na terra. Seguimos por ‘escadas’ precárias pois os degraus foram construídos respeitando a estrutura do local, com pedras irregulares da região. E dá-lhe descer. Eu que sou meio atrapalhadinha, desci morrendo de medo. O Fábio na minha frente por via das dúvidas. Eu só pensava que, se aquele senhor da flutuação no aquário (de ontem) tinha descido, eu também desceria. Soubemos que aquela fenda era resultado de movimentos da terra e drenagem de água, pois aquela rocha é extremamente porosa. Depois de parar em diversos platôs para melhor observação e fotografia chegamos até o local mais fundo permitido. E lá estava o famoso lago azul, que se apresenta dessa cor pela incidência dos raios de sol. É de ficar de boca aberta! E esse lago se aprofunda por 85m de profundidade. Bom, agora tínhamos que subir de volta. Dei graças a minha constância nos treinos, pois subi bem, mas teve muita gente que sofreu.

Pegamos o caminho de volta para almoçarmos e nos prepararmos para o passeio da tarde. Esse passeio seria o boia cross, descer corredeiras de boia pelo rio formoso. A base do passeio é meio precária, o local é bonito, mas o pessoal está mal preparado para atender o turista. O rio não era lá tão agitado, mas aquela água límpida, os guias simpáticos e nossa vontade de curtir ajudaram bastante. Descemos algumas cachoeiras sem problemas, não vimos nenhuma sucuri, graças a Deus e brincamos nos divertindo. Depois de um café(meu) e de um brigadeiro(do Fábio) voltamos para o hotel para descansar e dormir cedo, já que o galo não está no horário de verão e canta às 4:00 da matina!